sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Testemunho de combate ao Vicio





Bom dia, bispo!

Meu nome é Romer de Freitas, membro da Igreja Universal de Águas Bonitas (GO); tenho 42 anos. Aproveitando que domingo, dia 20, teremos o Combate ao Vício, gostaria de relatar um pouco de minha experiência com o vício e o mundo do crime e falar também como consegui vencer.

Nasci em Belo Horizonte (MG) e comecei a usar drogas com 14 anos de idade. A primeira foi a maconha; usei por curiosidade. No começo, ela era boa, mas, com o passar do tempo, senti o desejo por algo mais forte, então comecei a cheirar cocaína. Para ter um efeito mais rápido, passei a injetá-la no sangue. Usava e traficava. Usei também haxixe, ecstasy, e no início do surgimento do crack, cheguei a usá-lo também.

Quando usávamos droga injetável, compartilhávamos da mesma seringa. Ainda menor de idade, fui presos várias vezes. Com dezoito anos de idade fui preso por assalto a mão armada e condenado a 5 anos e 4 meses de prisão. Vi cenas horríveis no presídio. Fiquei preso por dois anos e saí em condicional; mas um ano depois voltei a praticar os mesmos crimes – foi a época em que fui para a segurança máxima para cumprir mais uma pena, onde vivi rebeliões e cirandas da morte (um sorteio para morrer um detento da cela. Na realidade, não existia sorteio, já havia um escolhido para morrer, pois colocavam um único nome nos papéis do sorteio).

Em uma dessas rebeliões, pegaram um estuprador, cortaram a cabeça dele e jogaram futebol com ela, um verdadeiro horror! Aproveitando uma rebelião, fugi para o Espírito Santo, e, em 1998, no último jogo da Copa do Mundo, levei um tiro nas costas. Achando que morreria, clamei a Deus; falei que se Ele permitisse que sobrevivesse, sairia daquela vida e a entregaria a Ele. Então, mais uma vez Deus me livrou da morte, pois várias vezes troquei tiros com a polícia e criminosos rivais atiraram em mim, bem de pertinho, e o revólver mascou.

Quando me recuperei do tiro, voltei para Belo Horizonte e procurei a minha irmã, que já fazia parte de uma igreja evangélica. Ela conseguiu um centro de recuperação para eu me internar em Brasília.

Da janela do ônibus, joguei os cigarros e CDs de músicas mundanas. Fiquei internado um ano e meio. Saí da casa de recuperação com uma bolsa com algumas roupas, sem casa, trabalho, ou família, saí sem nada e entrei em uma Igreja Universal do Reino de Deus. Lá encontrei a verdadeira felicidade, consegui um emprego em uma vidraçaria e aluguei um quartinho para morar.

Em uma Terapia do Amor, conheci minha esposa, que hoje é obreira. Em 2000 nos casamos; compramos nossa casa, tenho uma savero, um ômega, uma moto; tivemos um filho, que hoje tem sete anos, e reconstruí a minha vida, que antes era um lixo, um inferno.

Um dia, em uma blitz, policiais me abordaram e viram que eu tinha mandato de prisão; me algemaram e me levaram para a delegacia. A minha esposa e filho ficaram sem reação. Lembro que minha esposa disse: “Você não vai ficar preso, amor. Deus não permitirá!”. Chegando à delegacia, um policial viu que meu mandato era de Minas Gerais, e outro policial falou:

“Vamos levá-lo para a cidade de Minas mais próxima.”, e o policial perguntou:

“Não temos combustível na viatura, e agora?”, o amigo respondeu:

“Então, o jeito é soltá-lo, o mandato dele não é daqui mesmo...”

Então me soltaram e eu saí agradecendo a Deus. Eu tinha três mandatos de prisão, mas Deus fez um grande milagre em minha vida, por meio de propósitos na igreja, Fogueiras Santas, da nossa fidelidade, nossa comunhão, nosso compromisso, nossa intimidade com Deus. Todas as acusações não existem mais, foram todas arquivadas.

Contratei um advogado para cuidar de meus processos e hoje estou livre. Há 14 anos conheci um Deus maravilhoso, que teve compaixão de mim. Hoje tenho paz, consigo colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz, sem nenhuma acusação.

Encontrei na Igreja Universal do Reino de Deus a "Dose mais forte": O SENHOR JESUS.

Certo dia fiz uma lista com os nomes de trinta ex-amigos da época do crime e fui colocando um “x” naqueles que haviam morrido. Quando terminei, contei quantos ainda estavam vivos: comigo, apenas um. Vinte e oito já haviam morrido.

Não vale a pena entrar no mundo das drogas e do crime, pois o destino é a prisão ou o cemitério.

Romer de Freitas

Hoje estou na Igreja de Águas Bonitas (GO).

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